Escrito por Andy Nowicki
O que vemos diante de nós é um espetáculo medonho de rendição interminável e entreguismo.
No final de “1984”, de George Orwell, o herói e aspirante a revolucionário Winston Smith é torturado brutalmente por capangas do governo macabro no Ministério do Amor. Após esse sofrimento, sua vontade é totalmente estraçalhada, ele trai seus aliados mais próximos, bem como a si mesmo e, além do mais, aprende a "amar" o Grande Irmão, a horrível entidade totalitária que fez de sua vida algo insuportavelmente infeliz.
O próprio Winston não ganha absolutamente nada com este negócio, exceto certa deformada paz de espírito e uma impressão perversa de que ele, de alguma forma, "fez a coisa certa":
"Ele olhou para o enorme rosto. Foram-no necessários quarenta anos para que aprendesse que tipo de sorriso se escondia por baixo do bigode escuro. Oh mal-entendido cruel e desnecessário! Oh teimoso e obstinado exílio do peito acolhedor! ... Estava tudo bem, tudo estava bem, a luta tinha terminado. Ele havia ganhado a vitória sobre si mesmo. Nós amávamos o Grande Irmão.”
Premonitório como Orwell foi, não tenho certeza se ele não teria ficado de alguma forma surpreso à medida que tais métodos barbaramente cruéis provaram ser normalmente desnecessários poucas décadas depois. Um homem de seu tempo, Orwell via o sádico ultra-stalinismo-chute-na-cara como a onda crescente do futuro. Mas hoje, com a União Soviética morta há muito tempo e a ascendente heterodoxia multicultural anti-caucasiana no degenerado Ocidente, com o marxismo econômico aviltado em favor do marxismo cultural, a metodologia do Grande Irmão evoluiu.
Vivemos em uma época de totalitarismo educadinho, onde apenas uma fraca torcida de braço é necessária para convencer pessoas levemente reticentes a se render aos ditames da ideologia dominante.
Tais circunstâncias dificilmente seriam possíveis se não existisse no homem um intenso intenso desejo de se conformar e buscar a aprovação de pessoas com autoridade sobre ele. O ardente anseio de infância por receber um tapinha na cabeça e ser chamado de "bom menino" nunca nos deixa, e esse desejo pode ser habilmente explorado por aqueles que detêm o controle. Curiosamente, um homem pode ser forçado de modo vergonhoso a violar sua consciência e a abandonar seus princípios; tornando-se, portanto, um dissidente efetivamente subjugado.
Já examinei este fenômeno antes como um sintoma de "conformismo descolado de massa". Após o clássico jingle do Dr. Pepper ("Eu sou um Pepper, ele é um Pepper, ela é uma Pepper... você não gostaria de ser um Pepper também?"), o Grande Irmão primariamente chega até nós não como uma figura ameaçadora, mas como um sujeito jovial, gentil e profundamente justo. Ele está se divertindo, e se dando bem, e nós podemos nos divertir e nos dar bem também, caso viremos seus servos obedientes. Se recusarmos este pedido, no entanto, bem, isso seria realmente uma vergonha, algo infeliz a se lamentar... Basta pensar em tudo que estaremos deixando passar e no preço que teremos de pagar.
Apenas através da aplicação de tal abordagem que tipos criminais mais robustos são coagidos a amar o Grande Irmão, assim se transformando em cordeiros que aguardam pacientemente o abate. Vimos recentemente vários figurões de alta visibilidade mudarem de opinião após um extensivo envolvimento com defensores do Zeitgeist. A empresa cristã evangélica Chick-Fil-A implorou por perdão e concordou em aceitar o abraço gorduroso do Grande Mano em troca de não financiar grupos que se opõem ao casamento gay.
(Agora estão dizendo que foi tudo um mal-entendido, mas a vaca protesta demais, me parece.)
Augusta National, um clube de golfe que participa do Masters, concordou em fazer uso de uma injeção de estrogênio, sendo obrigado convidado nada menos que a proeminente ex-secretária de Estado Condoleeza Rice para entrar no clube que um dia foi “do Bolinha”. Diabos, até os deuses do rock sulista, o Lynyrd Skynyrd, traíram a amada bandeira confederada! Quem será o próximo a cair, o último a abandonar suas heranças, suas tradições, seus valores e sua masculinidade?
O que vemos diante de nós é um espetáculo medonho de rendição interminável e entreguismo. E contra um pano de fundo de deslizes evidentes até uma covardia tímida, uma resistência vigorosa, uma recusa a retroceder ou a pedir qualquer forma de desculpas é em si um ato revolucionário.
Nós aqui da direita – colaboradores e leitores– temos nossas diferenças ideológicas significativas. Mas acho que falo por todos quando digo que nunca vamos parar de odiar, desprezar, zombar e desrespeitar o Grande Irmão, não importando qual forma ele opte por tomar. Somos poucos, poucos e felizes, um grupo de irmãos que - seja por convicção ou princípio ou dogma fora-de-moda ou pura teimosia - optou por se manter firmes contra a maré implacável.
Permaneçam de pé, camaradas! Empunhem suas armas, e recusem-se a dobrar, e muito menos sucumbir para agradar alguém. Recusem-se energicamente a amar o Grande Irmão, e grande será vossa recompensa.
Original: We Hate Big Brother
Tradução: Luiz Paulo Carvalho
No final de “1984”, de George Orwell, o herói e aspirante a revolucionário Winston Smith é torturado brutalmente por capangas do governo macabro no Ministério do Amor. Após esse sofrimento, sua vontade é totalmente estraçalhada, ele trai seus aliados mais próximos, bem como a si mesmo e, além do mais, aprende a "amar" o Grande Irmão, a horrível entidade totalitária que fez de sua vida algo insuportavelmente infeliz.
O próprio Winston não ganha absolutamente nada com este negócio, exceto certa deformada paz de espírito e uma impressão perversa de que ele, de alguma forma, "fez a coisa certa":
"Ele olhou para o enorme rosto. Foram-no necessários quarenta anos para que aprendesse que tipo de sorriso se escondia por baixo do bigode escuro. Oh mal-entendido cruel e desnecessário! Oh teimoso e obstinado exílio do peito acolhedor! ... Estava tudo bem, tudo estava bem, a luta tinha terminado. Ele havia ganhado a vitória sobre si mesmo. Nós amávamos o Grande Irmão.”
Premonitório como Orwell foi, não tenho certeza se ele não teria ficado de alguma forma surpreso à medida que tais métodos barbaramente cruéis provaram ser normalmente desnecessários poucas décadas depois. Um homem de seu tempo, Orwell via o sádico ultra-stalinismo-chute-na-cara como a onda crescente do futuro. Mas hoje, com a União Soviética morta há muito tempo e a ascendente heterodoxia multicultural anti-caucasiana no degenerado Ocidente, com o marxismo econômico aviltado em favor do marxismo cultural, a metodologia do Grande Irmão evoluiu.
Vivemos em uma época de totalitarismo educadinho, onde apenas uma fraca torcida de braço é necessária para convencer pessoas levemente reticentes a se render aos ditames da ideologia dominante.
Tais circunstâncias dificilmente seriam possíveis se não existisse no homem um intenso intenso desejo de se conformar e buscar a aprovação de pessoas com autoridade sobre ele. O ardente anseio de infância por receber um tapinha na cabeça e ser chamado de "bom menino" nunca nos deixa, e esse desejo pode ser habilmente explorado por aqueles que detêm o controle. Curiosamente, um homem pode ser forçado de modo vergonhoso a violar sua consciência e a abandonar seus princípios; tornando-se, portanto, um dissidente efetivamente subjugado.
Já examinei este fenômeno antes como um sintoma de "conformismo descolado de massa". Após o clássico jingle do Dr. Pepper ("Eu sou um Pepper, ele é um Pepper, ela é uma Pepper... você não gostaria de ser um Pepper também?"), o Grande Irmão primariamente chega até nós não como uma figura ameaçadora, mas como um sujeito jovial, gentil e profundamente justo. Ele está se divertindo, e se dando bem, e nós podemos nos divertir e nos dar bem também, caso viremos seus servos obedientes. Se recusarmos este pedido, no entanto, bem, isso seria realmente uma vergonha, algo infeliz a se lamentar... Basta pensar em tudo que estaremos deixando passar e no preço que teremos de pagar.
Apenas através da aplicação de tal abordagem que tipos criminais mais robustos são coagidos a amar o Grande Irmão, assim se transformando em cordeiros que aguardam pacientemente o abate. Vimos recentemente vários figurões de alta visibilidade mudarem de opinião após um extensivo envolvimento com defensores do Zeitgeist. A empresa cristã evangélica Chick-Fil-A implorou por perdão e concordou em aceitar o abraço gorduroso do Grande Mano em troca de não financiar grupos que se opõem ao casamento gay.
(Agora estão dizendo que foi tudo um mal-entendido, mas a vaca protesta demais, me parece.)
Augusta National, um clube de golfe que participa do Masters, concordou em fazer uso de uma injeção de estrogênio, sendo obrigado convidado nada menos que a proeminente ex-secretária de Estado Condoleeza Rice para entrar no clube que um dia foi “do Bolinha”. Diabos, até os deuses do rock sulista, o Lynyrd Skynyrd, traíram a amada bandeira confederada! Quem será o próximo a cair, o último a abandonar suas heranças, suas tradições, seus valores e sua masculinidade?
O que vemos diante de nós é um espetáculo medonho de rendição interminável e entreguismo. E contra um pano de fundo de deslizes evidentes até uma covardia tímida, uma resistência vigorosa, uma recusa a retroceder ou a pedir qualquer forma de desculpas é em si um ato revolucionário.
Nós aqui da direita – colaboradores e leitores– temos nossas diferenças ideológicas significativas. Mas acho que falo por todos quando digo que nunca vamos parar de odiar, desprezar, zombar e desrespeitar o Grande Irmão, não importando qual forma ele opte por tomar. Somos poucos, poucos e felizes, um grupo de irmãos que - seja por convicção ou princípio ou dogma fora-de-moda ou pura teimosia - optou por se manter firmes contra a maré implacável.
Permaneçam de pé, camaradas! Empunhem suas armas, e recusem-se a dobrar, e muito menos sucumbir para agradar alguém. Recusem-se energicamente a amar o Grande Irmão, e grande será vossa recompensa.
Original: We Hate Big Brother
Tradução: Luiz Paulo Carvalho